quinta-feira, 19 de março de 2020

Novo coronavírus (COVID-19)


Estamos vivendo a pandemia do COVID-19, o novo coronavírus. Como você tem se sentido? Você tem conseguido suprir suas necessidades? Está mentalmente esgotado, ansioso, nervoso com o futuro? Como você acha que posso ajudar?

Essas perguntas são banais no nosso cotidiano, assim como o “tudo bem?”. Não sei você, mas comigo sempre que alguém pergunta ou eu pergunto, a resposta é sempre “tudo e você?” e vida que segue, sem termos real interesse uns pelos outros, na maioria das vezes.

Te convido a refletir comigo sobre comunhão, generosidade, amor ao próximo, saúde, submissão, humildade,...

Salmos 37:21 nos fala que “os ímpios tomam emprestado e não devolvem, mas os justos dão com generosidade”. Os versículos 25 e 26 do mesmo capítulo dizem: “já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão”.

A primeira coisa que pensei quando li esses trechos foi a falta de álcool gel e máscaras. Com as incontáveis notícias sobre o coronavírus se espalhando (muitas fake news, inclusive), as farmácias já não tem estoques desses produtos. Muita gente ficou sem, mas se eu tenho, tá ótimo (esse é o pensamento do ímpio). Os justos não pensam nem agem dessa forma. É lindo ver pessoas compartilhando e doando. Nem todos precisam usar máscaras, apenas os sintomáticos, que são os que tem mais risco de transmitir o vírus. Mas o desespero e a quantidade de informações passam ideias de falsa segurança. É preciso se informar e ajudar quem realmente precisa. O seu próximo é como você, tem as mesmas necessidades; somos todos iguais e precisamos estar juntos, nos ajudando em tudo.

Outro ponto fundamental a ser chamado atenção são os idosos. Os idosos são sábios, o texto mesmo diz que com a experiência de vida, no decorrer dos anos vividos, vemos que os justos não são desamparados, nem seus filhos mendigam o pão. O que isso quer dizer? Tudo que vai, volta, é um ciclo. Quando ajudamos, compartilhamos, amamos o próximo como Deus nos ama também e essa conexão em Deus, que é o próprio Amor, nos faz receber de volta porque Deus nos abençoa, tanto individualmente, no nosso íntimo, quanto recebendo bênçãos do nosso próximo também. Isso é lindo. Por isso, o justo nunca fica desamparado, Deus ampara pessoalmente assim como coloca pessoas no nosso caminho que também compartilham e isso não permite que mendiguemos o pão, isto é, nunca nos falta o essencial.

Os idosos são nosso grupo de risco quanto ao novo coronavírus. Digo nosso grupo porque somos todos iguais, um dia seremos idosos também e essa compaixão é essencial. Não é porque não está sendo grave em crianças, jovens, adultos jovens que não vamos nos preocupar como coletivo, como sociedades. Precisamos abrir nossos olhos e enxergar isso. A quarentena é fundamental. Ficar em casa é um ato de amor.

Ninguém é culpado pelo aparecimento do vírus. Esses vírus são de RNA, isso significa que as mutações são muito mais comuns de ocorrerem do que em microorganismos com DNA. Por isso, ele podia ter aparecido em qualquer local do mundo, nenhuma nação é culpada e esse momento é ótimo para exercermos a união que precisamos ter com nossos irmãos, independente da distância física e acabar com julgamentos e preconceitos. 

Outro texto muito importante está em Filipenses 2:3-4, que diz “nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”. 

Quando a ajuda ao próximo é feita por vaidade, não deixa de ter seus efeitos benéficos, pois a ação foi feita, como por exemplo doar cestas básicas para famílias que não tem como comprar comida com essa situação atual, seja pelo motivo que for. Entretanto, quando a ação é feita por vaidade, para que o indivíduo se sinta superior, se sinta bem, acima do bem do outro, não é digna. Não é uma ação que Deus aprova, porque esse elo de amor não é forte, não há submissão, não há serviço, há egoísmo.

Em Gálatas 2:9-10, Paulo diz que Tiago, Pedro e João estenderam suas mãos a ele e Barnabé em sinal de comunhão; eram apoiadores da igreja de Cristo, pois eles estavam unidos no objetivo de pregar o evangelho. Nós, como igreja, também precisamos estar unidos, tanto em ações práticas quanto em oração. A direção de Deus em todos os momentos da nossa vida é fundamental. A oração também é um ato de amor, de serviço, de doação. Doar seu tempo para rogar a Deus por saúde, imunidade, companheirismo, paz, e tantos outros motivos, é continuar esse elo de Amor e estender a mão ao próximo.

O intuito dessa pequena mensagem é te fazer refletir sobre o assunto atual numa esfera de comunhão, não apenas de se prevenir como unidade, mas de pensar no outro como semelhante e que ele tem as mesmas necessidades, dúvidas, medos, e tudo que você está passando agora como ser humano. Pense no seu próximo também.

“Há maior felicidade em dar do que em receber” Atos 20:35

Stéphanie Elise.