quinta-feira, 4 de julho de 2019

Correndo ao encontro


Gênesis 32 e 33

Vou deixar aqui um resuminho desses 2 capítulos, mas seria bom que você lesse também: https://www.bibliaonline.com.br/nvi/gn/32

Nesses capítulos, lemos que Jacó estava voltando para Canaã depois de ter vivido muitos anos na casa de seu tio Labão. Ele havia fugido para lá após ter enganado seu irmão Esaú e ter recebido de seu pai Isaque a bênção que seria de seu irmão.

Deus disse para Jacó voltar à sua terra e assim ele foi, com tudo que conquistou: gado, servos e sua grande família. Porém, estava receoso de chegar e rever seu irmão, pois se sentia culpado pelo que havia feito no passado. Não sabia como seria esse encontro depois de ter mentido para seu irmão e seu pai. Por isso, Jacó mandou mensageiros para anunciarem a Esaú que ele estava a caminho. Jacó ficou sabendo que Esaú vinha ao seu encontro com 400 homens. O medo tomou conta de Jacó. Ele juntou presentes e mais presentes, separou seu acampamento em grupos de pessoas, animais e bens, para que um protegesse o outro, tudo isso para prevenir um possível ataque e não perder tudo que havia conquistado.

Entretanto, quando chegou o temível momento do encontro, para surpresa de Jacó, Esaú veio correndo em sua direção, o abraçou e o beijou e os dois choraram. Depois, Esaú aceitou os presentes e os dois seguiram viagem.

Assim como Jacó, ouvimos Deus falando conosco, mas não aceitamos, muitas vezes, que estará tudo sob Seu controle. Jacó ouviu a voz de Deus dizendo para voltar à Canaã e mesmo assim Jacó agiu com insegurança ao enviar presentes para se prevenir da fúria de seu irmão e dos 400 homens que vinham em sua direção.

Jacó estava tão preocupado que provavelmente havia esquecido que foi Deus que o ajudou a fugir na época em que enganou seu irmão; havia esquecido que foi Deus que o ajudou a juntar tantas riquezas; havia esquecido que foi Deus que deu a ele uma família grande e abençoada.

Nós também nos esquecemos das ações de Deus e isso nos torna vulneráveis, queremos manter o controle das situações ao invés de apenas confiarmos que Deus está olhando lá na frente. Somos limitados e saber disso é fundamental para entendermos o momento de deixarmos de agir por nós mesmos e entregarmos nas mãos de Deus o que não podemos controlar nem ver. Jacó não conseguia ver seu irmão, literalmente, estavam distantes fisicamente, mas Deus conseguia ver os dois, conseguia sentir os seus corações, inseguranças, incertezas, sentimentos. Assim também Deus nos vê e nos conhece. Por isso, confie em Deus. Quando Deus está no controle, as coisas vão acontecendo aos poucos, de uma forma saudável e equilibrada, da forma que é para ser, de acordo com o que Deus pensou de melhor para nós.

Jacó foi enviando presentes ao seu irmão com o objetivo de amenizar a possível raiva de Esaú. Porém, como lemos, isso não foi necessário porque Esaú estava com o coração em paz, tranquilo, não com ódio. Muitas vezes queremos amenizar situações, reações de pessoas, sentimentos alheios, sem necessidade. Não devemos controlar as outras pessoas a nosso favor. Deus mostrou a Jacó que Esaú o amava e isso era suficiente. O perdão demonstrado naquele abraço nos ensina a não guardarmos rancor, tristeza, ódio, nenhum sentimento negativo. Esses sentimentos negativos, quando dominam nossos corações e mentes, acabam sendo exteriorizados com ações que prejudicam tanto a nós como a outras pessoas, só atraindo coisas ruins. Tudo isso porque não deixamos que Deus esteja à frente da situação.

Pois a boca fala do que está cheio o coração. Mateus 12:34

Temos medo do encontro, do desconhecido. No caso, Esaú era conhecido de Jacó, mas já havia passado tanto tempo, que Jacó já estava com medo do reencontro, com medo do que poderia vir. Entretanto, o que vinha era o abraço, era a liberação do perdão, um momento tão feliz que possivelmente eles não se lembrariam mais do sentimento de dúvida anterior. E é assim que Deus age, de forma a nos surpreender, nos dá tanta alegria que não nos lembramos dos momentos de aflição anteriores.

O perdão nos faz perceber o amor de Deus. Ao perdoarmos, quebramos barreiras que impedem que o fluxo do amor de Deus continue alcançando as pessoas.

Que possamos perdoar (mais).
Stéphanie Elise.