Estamos vivendo a pandemia do COVID-19, o novo coronavírus. Como
você tem se sentido? Você tem conseguido suprir suas necessidades? Está
mentalmente esgotado, ansioso, nervoso com o futuro? Como você acha que posso
ajudar?
Essas perguntas são banais no nosso cotidiano, assim como o “tudo
bem?”. Não sei você, mas comigo sempre que alguém pergunta ou eu pergunto, a
resposta é sempre “tudo e você?” e vida que segue, sem termos real interesse
uns pelos outros, na maioria das vezes.
Te convido a refletir comigo sobre comunhão, generosidade,
amor ao próximo, saúde, submissão, humildade,...
Salmos 37:21 nos fala que “os ímpios tomam emprestado e não
devolvem, mas os justos dão com generosidade”. Os versículos 25 e 26 do mesmo
capítulo dizem: “já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo
desamparado, nem seus filhos mendigando o pão”.
A primeira coisa que pensei quando li esses trechos foi a
falta de álcool gel e máscaras. Com as incontáveis notícias sobre o coronavírus
se espalhando (muitas fake news, inclusive), as farmácias já não tem estoques
desses produtos. Muita gente ficou sem, mas se eu tenho, tá ótimo (esse é o
pensamento do ímpio). Os justos não pensam nem agem dessa forma. É lindo ver pessoas
compartilhando e doando. Nem todos precisam usar máscaras, apenas os
sintomáticos, que são os que tem mais risco de transmitir o vírus. Mas o
desespero e a quantidade de informações passam ideias de falsa segurança. É preciso
se informar e ajudar quem realmente precisa. O seu próximo é como você, tem as
mesmas necessidades; somos todos iguais e precisamos estar juntos, nos ajudando
em tudo.
Outro ponto fundamental a ser chamado atenção são os idosos.
Os idosos são sábios, o texto mesmo diz que com a experiência de vida, no decorrer
dos anos vividos, vemos que os justos não são desamparados, nem seus filhos
mendigam o pão. O que isso quer dizer? Tudo que vai, volta, é um ciclo. Quando
ajudamos, compartilhamos, amamos o próximo como Deus nos ama também e essa
conexão em Deus, que é o próprio Amor, nos faz receber de volta porque Deus nos
abençoa, tanto individualmente, no nosso íntimo, quanto recebendo bênçãos do
nosso próximo também. Isso é lindo. Por isso, o justo nunca fica desamparado,
Deus ampara pessoalmente assim como coloca pessoas no nosso caminho que também
compartilham e isso não permite que mendiguemos o pão, isto é, nunca nos falta
o essencial.
Os idosos são nosso grupo de risco quanto ao novo
coronavírus. Digo nosso grupo porque somos todos iguais, um dia seremos idosos
também e essa compaixão é essencial. Não é porque não está sendo grave em
crianças, jovens, adultos jovens que não vamos nos preocupar como coletivo,
como sociedades. Precisamos abrir nossos olhos e enxergar isso. A quarentena é
fundamental. Ficar em casa é um ato de amor.
Ninguém é culpado pelo aparecimento do vírus. Esses vírus são
de RNA, isso significa que as mutações são muito mais comuns de ocorrerem do
que em microorganismos com DNA. Por isso, ele podia ter aparecido em qualquer
local do mundo, nenhuma nação é culpada e esse momento é ótimo para exercermos a
união que precisamos ter com nossos irmãos, independente da distância física e acabar com julgamentos e preconceitos.
Outro texto muito importante está em Filipenses 2:3-4, que
diz “nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem
os outros superiores a si mesmos”.
Quando a ajuda ao próximo é feita por
vaidade, não deixa de ter seus efeitos benéficos, pois a ação foi feita, como por
exemplo doar cestas básicas para famílias que não tem como comprar comida com
essa situação atual, seja pelo motivo que for. Entretanto, quando a ação é
feita por vaidade, para que o indivíduo se sinta superior, se sinta bem, acima
do bem do outro, não é digna. Não é uma ação que Deus aprova, porque esse elo
de amor não é forte, não há submissão, não há serviço, há egoísmo.
Em Gálatas 2:9-10, Paulo diz que Tiago, Pedro e João estenderam
suas mãos a ele e Barnabé em sinal de comunhão; eram apoiadores da igreja de
Cristo, pois eles estavam unidos no objetivo de pregar o evangelho. Nós, como
igreja, também precisamos estar unidos, tanto em ações práticas quanto em oração.
A direção de Deus em todos os momentos da nossa vida é fundamental. A oração também
é um ato de amor, de serviço, de doação. Doar seu tempo para rogar a Deus por saúde,
imunidade, companheirismo, paz, e tantos outros motivos, é continuar esse elo
de Amor e estender a mão ao próximo.
O intuito dessa pequena mensagem é te fazer refletir sobre o
assunto atual numa esfera de comunhão, não apenas de se prevenir como unidade,
mas de pensar no outro como semelhante e que ele tem as mesmas necessidades,
dúvidas, medos, e tudo que você está passando agora como ser humano. Pense no
seu próximo também.
“Há maior felicidade em dar do que em receber” Atos 20:35
Stéphanie Elise.